domingo, 27 de junho de 2010

Revivendo

Sou o sol circundado pelo branco e o azul celeste latejante. Através da bola conquistei os anéis Olímpicos e a Copa no seu princípio Estive no topo e espalhei craques pelo mundo. Mas esses feitos estão num passado distante. Hoje meu campeonato interno está falido, e por isso o futebol do outro lado do Rio faz sucesso aqui. Não fabrico mais talentos e quando produzo vendo pela primeira oferta.

Meu passado não se esquece, mas a minha mística exige mais do presente. Não interessa se a classificação veio na repescagem, se o grupo é difícil ou se duvidam de mim. É copa do mundo! Que só é diferente por causa da história que ajudei a construir. Sangrei literalmente, incorporei a raça charrua para me classificar em primeiro.

Nas oitavas de final tenho que subjugar a Coréia do Sul. A partida começa pegada, estudada e marcada. A bola explode na minha trave, tomo sufoco, entretanto minimizo. Não quero a bola, pois prefiro a velocidade e a surpresa de um contra-ataque cínico. Procuro uma brecha, encontro uma falha e não perdôo. Recuo e tomo sufoco, não ameaço, dou bobeira e a Coréia empata de primeira. Começa a chover, e o céu que era celeste se torna denso, subtraído e cinzento. Mas não desisto e com um tiro no canto consigo uma vitória imensa. Vejo daqui o meu povo sorri, pois foram 20 anos sem chegar até aqui. Só penso em aumentar essa festa com pimenta nas veias e mordendo canelas.


UOL IMAGEM

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